Ignorância Divinamente Inspirada?
Como Mohamed repetidamente fracassou no “teste de um profeta”
Jochen Katz
Tradução de Safira
O Alcorão fala de certo encontro que Mohamed teve com alguns Judeus, e seus argumentos pelos quais eles resistiram e rejeitaram Mohamed e sua mensagem. Nesta passagem (S. 3:181-185) também encontramos a seguinte declaração:
São aqueles que disseram: ‘Deus nos comprometeu a não crermos em nenhum mensageiro, até que este nos apresente uma oferenda (i.e. sacrifício), que o fogo celestial consumirá’. Dize-lhes: ‘Antes de mim, os mensageiros vos apresentaram as evidências e também o que descreveis. Por que os matastes, então? Respondei, se estiverdes certos. S. 3:183 Arberry
Esta é uma declaração um pouco oculta que precisamos desembrulhar para entender o que significa, e para observar as razões por que está errada.
Obviamente, este fogo não é um fogo habitual que é aceso por pessoas para queimar um sacrifício (ou qualquer outra coisa), mas um fogo milagroso. Supõe-se que é um sinal de autenticação dado por Deus de que este mensageiro é um verdadeiro profeta de Deus; i.e. este verso se refere a “fogo do céu.” É o próprio Deus que envia o fogo para consumir o sacrifício. Este entendimento também é refletido em muitas traduções Muçulmanas deste verso. Citarei somente duas:
Aqueles (Judeus) que disseram: “Verdadeiramente, Alá tomou nossa promessa de não acreditar <st1:personname productid="em qualquer Mensageiro">em qualquer Mensageiro</st1:personname> salvo se ele trouxer-nos uma oferta que o fogo (do céu) devore.” Dizei: “Verdadeiramente, vieram a vós Mensageiros antes de mim, com sinais claros e mesmo dos quais vós falais; por que os matastes então, se vós sois verdadeiros?” Al-Hilali & Khan
(São os mesmos) aqueles que dizem: Eia! Alá ordenou-nos que não acreditemos em qualquer mensageiro até que ele traga-nos uma oferta que o fogo (do céu) devore. Dizei (a eles, Oh Mohamed): Mensageiros vieram até vós antes de mim com milagres, e com o (mesmo milagre) que vós descrevestes. Por que vós os matastes então? (Responda isso) se vós sois verdadeiros! Pickthall
Sobre quem Mohamed está falando?
Qual mensageiro trouxe fogo do céu para devorar um sacrifício e foi (então) morto por quem? O mais próximo e mais amplo contexto deste verso torna provável que isto se refere a uma discussão que Mohamed teve com alguns Judeus (como também Al-Hilali & Khan indicam em sua tradução). Assim, o ponto de referência para esta discussão deve ser as escrituras Judaicas, o Antigo Testamento da Bíblia.
Fatos bíblicos: É verdade que houve várias ocasiões nas quais Deus enviou fogo para devorar um sacrifício preparado por um profeta, juiz ou o rei de Israel (Levítico 9:23-24, Juízes 6:20-22, 1 Crônicas 21:26, 2 Crônicas 7:1-3, 1 Reis 18). Além disso, a Bíblia freqüentemente fala sobre falsos profetas e fornece aos Filhos de Israel vários critérios para distinguir falsos profetas de verdadeiros profetas (1, 2). Também está correto que em uma ocasião fogo do céu consumiu um sacrifício como um sinal de confirmação para a autoridade divina do profeta Elias contra os profetas do falso deus Baal (1 Reis 18).
Porém, “trazer um sacrifício devorado por fogo do céu” nunca foi feito um critério geral ou um sinal distintivo que os Israelitas deveriam exigir de cada um que reivindica ser um profeta. Nenhum tal mandamento está na Bíblia. Tal “aliança” não existe. Além disso, a vasta maioria dos verdadeiros profetas enviados por Deus nunca experimentou este milagre particular.
Portanto, precisamos perguntar: Quem mentiu?
A declaração, 'Deus fez aliança conosco, que não acreditemos <st1:personname productid="em qualquer Mensageiro">em qualquer Mensageiro</st1:personname> até que ele traga a nós um sacrifício devorado por fogo', era uma mentira para estes Judeus, ou o autor do Alcorão / Mohamed mentiu colocando esta declaração errada na boca dos Judeus, embora eles nunca tenham feito tal afirmação.
No caso posterior, se Mohamed criou este falso argumento e o colocou na boca dos Judeus, então ele é um mentiroso e está desqualificado como um profeta de Deus. Se o autor do Alcorão inventa falsas declarações sobre os Judeus (ou qualquer que for o assunto), então o Alcorão está desmascarado como polêmicas baratas, e não vem de Deus que é a verdade.
No caso anterior, Mohamed teve a ocasião perfeita para mostrar que está verdadeiramente inspirado por Deus expondo que a afirmação destes Judeus está errada. Ele simplesmente poderia ter dito: “Deus me fala que vocês estão mentindo. Mostrem-me onde em suas escrituras está este mandamento!” Eles não teriam podido mostrar isto. Seus adversários teriam sido silenciados, e Mohamed teria obtido credibilidade.
Discussão: Mohamed teve que lutar inúmeras vezes com o problema de que ele não podia fazer nenhum milagre. Ele reivindicou ser um profeta do mesmo Deus que tinha enviado os profetas anteriores. Por um lado, ele incluiu muitas histórias sobre os milagres feitos por estes profetas anteriores em sua própria mensagem; por outro lado, ele exigiu que sua audiência fosse aceita como outro profeta como eles mas sem demonstrar qualquer milagre que autenticaria sua autoridade divina.
Não é surpresa que Mohamed foi confrontado novamente com a pergunta céptica, “Por que nenhum sinal (milagre) foi enviado sobre ele do seu Deus?”, ou alguma formulação semelhante. Tais perguntas são encontradas em S. 2:118, 6:37, 10:20, 11:12, 13:7, 13:27, 20:133, 29:50. Há vários modos diferentes que Mohamed / o autor do Alcorão responde a tal demanda. Uma resposta que é dada várias vezes é a afirmação de que mesmo se Deus enviasse tais sinais milagrosos, eles ainda não acreditariam (2:145, 17:59, 28:48, 37:14-15,), i.e. não há nenhum ponto em fornecer milagres. (Muhammad and Miracles é um artigo detalhado que discute as declarações do Alcorão sobre esta questão.)
S. 3:183 pertence a este grupo de versos que buscam desviar a atenção direta ou indiretamente da falta de milagres de Mohamed afirmando que não há nenhum ponto <st1:personname productid="em fornec↑-los. Especificamente">em fornecê-los. Especificamente</st1:personname>, a demanda dos Judeus é respondida aqui por uma pergunta retórica: Por que vocês pedem um milagre quando mataram os profetas anteriores que operaram vários milagres para vocês, inclusive o milagre específico que vocês estão exigindo de mim?
De volta ao tópico principal deste artigo. S. 3:183 relata uma declaração objetivamente errada, uma afirmação que foi supostamente feita por alguns Judeus de que a reivindicação de Mohamed contraria a profecia. Talvez nunca poderemos saber se estes Judeus em particular tentaram trapacear ou enganar Mohamed com este “critério divino”, e o Alcorão apenas registrou este fato, ou se Mohamed mentiu sobre os Judeus.
Seja como for, a pergunta é agora como um profeta inspirado responde a uma falsa afirmação sobre a revelação anterior de Deus? Embora Mohamed não pudesse operar milagres, se ele tivesse desmascarado a falsa afirmação deles, ele poderia ter feito algum progresso com respeito à sua própria credibilidade.
Porém, em vez de expor a demanda deles como uma falsa afirmação, uma fabricação, ele ataca a honestidade ou sinceridade dos questionadores. Em vez de lidar com o conteúdo do seu critério de profecia, ele usa uma abordagem direta para evitar a questão incômoda da sua própria autenticação:
Aqueles (Judeus) que disseram: “Verdadeiramente, Alá tomou nossa promessa de não acreditar <st1:personname productid="em qualquer Mensageiro">em qualquer Mensageiro</st1:personname> salvo se ele trouxer-nos uma oferta que o fogo (do céu) devore.” Dizei: “Verdadeiramente, vieram a vós Mensageiros antes de mim, com sinais claros e mesmo dos quais vós falais; por que os matastes então, se vós sois verdadeiros?” S. 3:183 Al-Hilali & Khan
Estes Judeus puseram diante de Mohamed um critério ou teste de profecia que ele não podia cumprir. Vendo o ataque como seu único modo de defesa, Mohamed interroga a sinceridade deles como resposta. A acusação e conclusão que estão implícitas na pergunta retórica dada a eles em resposta é esta: Porque vocês mataram os profetas que vieram a vocês com milagres, vocês não são verdadeiros e, portanto, não possuem nenhum direito de me questionar. De repente a pergunta não é mais qual é o critério correto para um verdadeiro profeta, e se Mohamed satisfaz este critério, mas a questão agora é a sinceridade das pessoas que questionam Mohamed.
Dado que Mohamed não pôde mostrar nenhum milagre para autenticar sua afirmação de ser um verdadeiro profeta de Deus, isto provavelmente era o melhor que ele poderia fazer. De alguma forma, este foi um passo inteligente. Muito ruim que o Alcorão não dá nenhum espaço para os comentários dos Judeus sobre as táticas de desvio de Mohamed. Porém, aqueles Judeus céticos eram uma ameaça constante à credibilidade de Mohamed. Ele não estava disposto a tolerar que sua autoridade fosse arruinada por um interrogatório repetido sobre sua posição como um profeta. Então, Mohamed decidiu livrar-se deles, e expulsou ou matou todos os Judeus que viviam em Medina para resolver este problema de uma vez por todas, veja a seção em Muhammad and the Jews.
Vendo isto como a resposta pessoal de Mohamed, como vinda de um ser humano imperfeito, posso entender tudo aquilo. Porém, o Islã espera que nós acreditemos que o Alcorão não é a palavra de Mohamed, mas a palavra de Deus. Sua resposta para a afirmação daqueles Judeus não era supostamente a idéia de Mohamed, mas Deus lhe disse que desse esta resposta. E isso causa problemas consideráveis.
Deus sabia exatamente que o critério proposto por aqueles Judeus estava errado. Deus nunca deu tal mandamento, e ele não se esquece de suas revelações anteriores. Deus poderia ter dado uma resposta decisiva que os teria desmascarado como fabricando um mandamento de Deus.
Por outro lado, Mohamed era ignorante sobre a questão. Ele pode ter tido uma suspeita de que aqueles Judeus tentavam enganá-lo, mas não tinha certeza, e seu critério podia da mesma maneira ser tomado das suas escrituras. Então, ele não podia acusá-los diretamente de engano sobre esta questão específica. Ele termina sua resposta com “se vós sois verdadeiros” que não apenas faz parte de seu contra-ataque, mas também uma admissão da sua própria ignorância. Esta é a primeira indicação de que a resposta não veio de Deus mas da mente de Mohamed.
Além disso, a resposta não só revela a incerteza do autor, também contém um erro claro e assim revela sua ignorância sobre certos fatos da história Bíblica. Mohamed não apenas levanta uma questão sobre a honestidade e sinceridade daqueles Judeus, ele também faz declarações positivas que podem ser conferidas com a Bíblia.
A resposta, “Verdadeiramente, vieram a vós Mensageiros antes de mim, com sinais claros e mesmo dos quais vós falais; por que os matastes então,...?” apresenta três declarações como se fossem fatos:
- Mensageiros (de Deus) vieram aos Judeus que trouxeram sinais claros, i.e. milagres.
- No mínimo algum destes veio mesmo com o sinal específico que o fogo do céu consumiu um sacrifício que eles tinham preparado.
- Os Judeus mataram esses mensageiros.
Sobre quem Mohamed está falando? Quais são os nomes desses mensageiros alegados? Novamente, Mohamed não tem tanta certeza sobre os detalhes, assim ele permanece vago em suas declarações. Não obstante, não resta nenhuma dúvida de que esta idéia seja inspirada pela história da confrontação de Elias com os profetas de Baal no Monte Carmelo, relatada em 1 Reis 18 e pertence às histórias mais bem conhecidas da Bíblia. [Leia no mínimo 1 Reis 18:25-39 se você não estiver familiarizado com a história, mas seria ainda melhor ler a história inteira de Elias que começa em 1 Reis 16:29.]
A primeira declaração é verdade: Deus enviou os mensageiros / profetas aos Israelitas e alguns deles Deus confirmou com milagres.
A segunda declaração é questionável: O Alcorão parece falar sobre uma pluralidade de mensageiros que prepararam um sacrifício que foi então devorado por fogo que foi enviado diretamente por Deus como uma confirmação pública de que estes são verdadeiros profetas.
Porém, Elias foi o único profeta a quem este sinal foi dado antes de uma audiência cética de forma que as pessoas deveriam ver que Deus de Elias era o verdadeiro Deus, e que Elias verdadeiramente foi enviado por Deus.
Em várias outras ocasiões um sacrifício foi devorado por fogo enviado por Deus, mas em nenhum destes casos a intenção era confirmar o profeta como um verdadeiro profeta. Em Levítico 9:23-24 fogo de Deus devora o sacrifício preparado por Arão de acordo com as instruções de Moisés. Moisés, porém já havia operado muitos milagres e as pessoas não duvidavam de sua autoridade divina. O fogo não desceu para confirmar Moisés como um profeta. A ocasião era a inauguração do serviço sacerdotal de Arão e seus filhos. Em Juízes 6:20-22 lemos que a oferta de Gideão é consumida pelo fogo de Deus, mas é um sinal somente para Gideão confirmar para si mesmo que realmente é Deus quem está falando com ele. Não é um sinal que Gideão traz às pessoas. Não há ninguém mais presente. Em 1 Crônicas 21:26 Deus enviou fogo no sacrifício após a oração de Davi de arrependimento como sinal que Deus tinha aceito seu arrependimento pelo o pecado que cometera. Davi era o rei de Israel e ninguém questionava sua autoridade. O fogo não era para confirmar Davi como profeta ou o rei, mas para mostrar a ele que seu arrependimento e sacrifício foram aceitos por Deus. Finalmente, em 2 Crônicas 7:1-3 Deus enviou fogo do céu com respeito à oração de Salomão na dedicação do Templo. Novamente, não havia nenhuma questão sobre a autoridade de Salomão. Ele era o rei. Deus mandou aquele fogo como um sinal de que aceitou o Templo como o local onde sua presença habitaria.
Somente uma vez Deus autenticou um profeta diante do povo enviando fogo sobre um sacrifício, e isso foi a competição entre Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo (1 Reis 18). A segunda declaração está errada quando reivindica que o fogo foi enviado como um sinal de autenticação pública para vários mensageiros.
A terceira declaração definitivamente é falsa: Ainda que admitamos que todos os nomes citados anteriormente de pessoas que experimentaram que Deus enviou fogo para devorar seus sacrifícios (Moisés, Arão, Gideão, Davi, Salomão, Elias,), nem sequer um deles foi morto pelos Judeus. Ironicamente, o único profeta a quem este milagre foi dado como confirmação, nem mesmo morreu nesta terra, mas foi elevado ao céu por Deus (2 Reis 2:11). É verdade que havia um plano para matar Elias, mas não foram os Judeus que tentaram matá-lo. Acabe, o rei de Israel, tinha se casado com Jezabel, uma mulher estrangeira que trouxe consigo uma religião pagã idólatra. Ela procurou matar Elias após ele ter derrotado e matado os falsos profetas de Baal (1 Reis 19:1-2). Porém, Deus protegeu Elias e, no final, Elias foi elevado ao céu sem morrer (2 Reis 2:11).
Com muita freqüência, o autor do Alcorão fez confusão sobre os detalhes das histórias Bíblicas. É verdade que vários profetas enviados aos Judeus foram perseguidos e alguns até mortos. Também é verdade que houve alguns homens de Deus que testemunharam que o fogo de Deus devorou seus sacrifícios. Porém, nenhum desses homens de Deus a quem foi dado o sinal de “fogo do céu para devorar seus sacrifícios” foi morto pelos Judeus.
Deus certamente sabia disto. Mas Mohamed era ignorante quanto aos detalhes e freqüentemente confundia as histórias Bíblicas (*). Este erro é novamente uma forte evidência de que o próprio Mohamed é o autor, e não foi Deus quem lhe deu esta resposta como uma resposta aos Judeus.
Novamente, a resposta aos Judeus foi feita por Mohamed, e o erro que ela continha expõe a ignorância do autor. Esta é uma falsa afirmação sobre o Alcorão e constitui evidência de que Mohamed fabricou para si mesmo[1] o que afirmou ter recebido como revelação divina. Afirmar que Deus é o autor do Alcorão é um insulto a Deus, porque isto significa atribuir ignorância a Deus e culpá-lo pelos erros no Alcorão.
Sem dúvida, a questão de testar um profeta é muito importante. Deus falou várias vezes sobre a questão de como discernir verdadeiros profetas de falsos profetas na Bíblia (1, 2). Mohamed foi várias vezes confrontado com esta questão, mas esta questão principal foi apenas evadida pelo autor do Alcorão. Os Judeus vieram com um critério. Por que Alá não corrigiu seu critério errado e deu o critério correto? Ao invés, Mohamed evadiu-se da questão simplesmente com um ataque pessoal contra o questionador. Isso não é o que eu esperaria de Deus. Não é adequado a Deus. Essa observação também aponta Mohamed como o criador deste texto. Mohamed não tinha uma resposta sobre esta questão.[2]
Uma possível objeção Muçulmana
Alguns Muçulmanos podem tentar evitar a acusação de que a resposta de Mohamed no Alcorão foi ignorante ao afirmar que a Bíblia está errada sobre Elias, ou que esta passagem não fala sobre Elias, mas sobre alguns outros profetas cuja história não é registrada no Antigo Testamento.
Esta explicação não funciona. Afinal de contas, o contra ataque de Mohamed só poderá silenciar os Judeus se eles souberem sobre o que ele está falando. Se eles não estiverem cientes de que qualquer profeta que trouxe fogo do céu e que foi então morto pelos Judeus, então a resposta de Mohamed não poderá convencê-los, mas somente os faz rir sobre sua ignorância. E o que os Judeus sabem sobre seus profetas é encontrado nas suas escrituras. A resposta pressupõe que este é um fato conhecido entre os Judeus. Mas Mohamed estava errado nesta suposição. Novamente, eu adoraria saber o que esses Judeus disseram em resposta, seja em resposta direta a Mohamed, ou somente entre eles, mas o Alcorão não informa isso.
Uma contradição interna
Vimos que a terceira declaração acima é falsa de acordo com a Bíblia. Porém, é pior que isso. O autor do Alcorão não apenas diz que “alguns Judeus (no passado) mataram aqueles mensageiros” mas “por que então VÓS os matastes”, voltando-se diretamente para os questionadores. Isto não só está de fato errado, mas também contradiz o ensino do Islã em outras passagens do Alcorão.
De acordo com o Islã não há nenhum pecado original e ninguém é acusado ou punido pelo que seus pais fizeram. Sabemos que na época de Mohamed não houve nenhum profeta enviado aos Judeus. Não obstante, neste verso Mohamed está acusando os Judeus de sua época de matarem os profetas. Isto contradiz sua própria mensagem e a teologia. Esta questão é discutida com mais detalhes na nota de rodapé 2 do artigo companheiro Which Prophets Did the Jews Kill?
Como Mohamed foi reprovado no teste de várias formas
Alguns Judeus vieram a Mohamed e o confrontaram com um teste sobre sua profecia. Isto é justo, uma vez que Mohamed exigia que eles o aceitassem como um profeta, e a Bíblia nos fala que devemos testar qualquer um que aparecer reivindicando ser um profeta. Este encontro se tornou um teste sobre a profecia de Mohamed de vários modos, e Mohamed falhou sob todos os aspectos.
Primeiro, Mohamed falhou porque não satisfez o critério de um milagre físico para autenticar sua afirmação de ser um profeta de Deus como os profetas anteriores. Os Judeus estavam errados em exigir apenas este único sinal específico de “fogo que devora um sacrifício”, mas as suas escrituras informam como Deus regularmente confirmava seus verdadeiros profetas com milagres. Os Judeus certamente foram justificados por esperar que um profeta genuíno de Deus tivesse um sinal sobrenatural para confirmar.
Mohamed não pôde trazer nenhum milagre do tipo dado aos profetas anteriores, nenhum fogo do céu, nem qualquer outro sinal sobrenatural.
Segundo, ainda que a afirmação dos Judeus de que o teste de Deus seja fogo do céu estivesse errada, ser confrontado com uma falsa afirmação é um teste em si mesmo. Talvez isto fosse mesmo intencional, i.e., o teste que os Judeus trouxeram não estava na superfície de sua afirmação; eles não queriam de fato ver fogo sobrenatural, mas queriam ver se Mohamed podia dar uma resposta à sua pergunta capciosa que demonstrava perspicácia divina. Intencional ou não, Mohamed foi reprovado neste “teste por trás do teste” porque ele não reconheceu que o critério não era genuíno.
Terceiro, Mohamed falhou porque sua resposta continha um declaração realmente errada que revelava sua ignorância sobre a Bíblia. Os Judeus não mataram nenhum profeta que tivesse trazido o milagre do fogo de Deus que devorava sacrifício.
E de nada ajuda Mohamed ter atribuído sua resposta errada a Deus. Ao contrário, fazendo assim ele se expôs como um falso profeta.
As primeiras duas falhas podem ser específicas a este encontro particular, mas a terceira vemos inúmeras vezes no Alcorão. Mohamed não era um profeta de Deus porque sua revelação supostamente divina contém numerosas falsas declarações que variam de inexatidões numéricas aparentemente pequenas, por exemplo a idade de Noé (*), até outros erros substanciais relativos à história de Israel e os profetas Judeus (como aquele discutido no presente artigo) graves distorções de doutrinas essenciais da Fé Cristã, como a crucificação de Jesus (*), sua filiação divina (*), e a doutrina da Trindade (*).
Além disso há a moralidade questionável de Mohamed (aprovando o casamento para menores em geral e ter sexo aos seus nove anos de idade, o assassinato de seus críticos, etc.), ser uma vítima de magia, etc., veja os artigos mencionados na seção sobre a pessoa de Mohamed (*).
Notas
1. Se reconhecermos que Mohamed fabricou revelação e pôs palavras falsas na boca de Deus, então torna-se uma possibilidade definida que ele possa também ter falsificado tudo e ter colocado falsas afirmações na boca dos Judeus, embora eles nunca afirmassem isto. Porém, esta é somente uma observação marginal, Mohamed foi reprovado no teste de um verdadeiro profeta em qualquer caso. O propósito principal deste verso pode ser de fato outra coisa. Este verso pertence a uma série de versos semelhantes. Este é um dos ataques freqüentes de Mohamed contra os Judeus, veja o artigo Which Prophets Did the Jews Kill?
2. Na realidade, a questão de falsos profetas está totalmente longe do Alcorão. Em minha opinião, a razão é óbvia: Mohamed preferiu não causar problema. Se ele desse critérios, as pessoas poderiam perceber o fato de que os profetas não são simplesmente para ser acreditados mas que Deus espera que os crentes testem as pessoas que reivindicam ser profetas. Afirmações quanto à profecia devem ser questionadas e cuidadosamente examinadas. Mohamed não podia arriscar isso. Os verdadeiros profetas de Deus nunca tiveram que temer tal questionamento. Somente os falsos profetas têm problema a esse respeito. E é óbvio que Mohamed não gostou da idéia de que as pessoas avaliassem sua afirmação de profecia com base em critérios objetivos.
This article is a translation of "Divinely Inspired Ignorance?" - original
Este artigo é uma tradução de "Divinely Inspired Ignorance" - original
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Palavras-chave
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