Respondendo ao islã

Deus enganador, Messias incompetente

O que o Islã realmente ensina sobre Alá e Jesus

Por David Wood

Tradução de Wesley Nazeazeno

 

Por quase dois mil anos, Cristãos têm proclamado a morte e ressurreição de Jesus. O Islã rejeita ambas doutrinas e oferece uma versão diferente do que aconteceu na cruz e nos fatos posteriores. De qualquer forma, a explicação muçulmana traz consigo um tremendo preço: sua versão da história retrata Deus como alguém horrivelmente falho, e Jesus como o profeta que protagonizou o maior fracasso da história. Conseqüentemente, enquanto os Muçulmanos dizem que “Alá é a Verdade”¹ e que Jesus deve ser reverenciado como um dos mais poderosos profetas de Alá, tais declarações tornam-se sem valor porque o dogma Islâmico vem com uma grande quantidade de heresia.

 

Alá inicia o Cristianismo... por acidente

 

Se examinarmos os ensinos do Islã, encontraremos que Allá não apenas iniciou o Cristianismo, como também fez do Cristianismo a religião dominante do mundo. Este fato pode parecer estranho para todos, porque os muçulmanos crêem que o Cristianismo é uma falsa religião. Evidentemente, os Muçulmanos responderão que o Cristianismo é uma religião falsa porque ele foi corrompido pelo homem, porém, em seu estado original, era a mensagem de Allá dada a Jesus, o filho de Maria.

 

Embora não apareça uma mínima evidência de que os seguidores de Jesus tenham crido em nada similar ao Islã, este é um ponto que ficará de lado. De acordo com o Islã, o Cristianismo se corrompeu pelo próprio Allá. Para entender porque o Islam prega de tal forma de visão, deixe-nos rever alguns fatos.

 

Fato 1: O Alcorão afirma que Jesus foi um mensageiro de Allá e um profeta do Islã. Realmente, a Surata 19 diz-nos que Jesus começou pregando a teologia islâmica no momento de seu nascimento:

 

As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida.

Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr um riacho a teus pés!

E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras madura e frescas.

Come, pois, bebe e consola-te;e se vires algum humano, faze-o saber que fizeste um voto de jejum ao Clemente, e que hoje não poderás falar com pessoa alguma.

Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços. E lhes disseram: Ó Maria, eis que fizeste algo extraordinário!

Ó irmão de Aarão,teu pai jamais foi um homem do mal, nem tua mãe uma (mulher) sem castidade!

Então ela lhes indicou que interrogassem o menino.Disseram: Como falaremos a uma criança que ainda está no berço?

Ele lhes disse: Sou o servo de Deus, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta.

Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver.

E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde.

A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado.²]

 

Jesus continuou a pregar a mensagem de Deus por toda sua vida, até que ele foi tomado aos céus. De acordo com o Alcorão, o Evangelho que Jesus trouxe foi diferente da mensagem dos profetas que o precederam. Jesus, um servo e profeta de Deus, pregou  o Islam:

 

Prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso; em verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste, Deus elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito.³

 

Ele (Jesus) não é mais do que um servo que agraciamos, e do qual fizemos um exemplo para os israelitas... E quando Jesus lhes apresentou as evidências, disse: Trago-vos a sabedoria, para elucidar-vos sobre algo que é objeto das vossas divergências. Temei, pois, a Deus , e obedecei-me!

Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois! Eis aqui a senda reta! 4

Deste modo, Jesus gastou aproximadamente 33 anos, de seu nascimento até sua ascensão, pregando o Islã para os filhos de Israel. Antes de sua aparente crucificação, sua pregação obteve um sucesso moderado, tal como a conversão de alguns de seus ouvintes indica.

Fato 2: O Alcorão afirma que Jesus conquistou um número de seguidores: Já que Jesus gastou toda sua vida pregando Islam Primitivo, sua mensagem para seus discípulos deve ter se centralizado proximamente às doutrinas básicas da teologia Islâmica. Este discípulos devem ter tornado-se algo similar a Muçulmanos, exatamente o que o Islam ensina sobre os seguidores de Jesus.

E quando Jesus lhes sentiu a incredulidade, disse: Quem serão os meus colaboradores na causa de Deus? Os discípulos disseram: Nós seremos os colaboradores, porque cremos em Deus; e testemunhamos que somos muçulmanos. 5

E de que, quando inspirei os discípulos, (dizendo-lhes): Crede em Mim e no Meu Mensageiro! Disseram: Cremos! Testemunha que somos muçulmanos. 6

 

Então, após eles, enviamos outros mensageiros Nossos e, após estes, enviamos Jesus, filho de Maria, a quem concedemos o Evangelho; e infundimos nos corações daqueles que o seguem compaixão e clemência. No entanto, seguem a vida monástica, que inventaram, mas que não lhes prescrevemos; (Nós lhes prescrevemos) apenas compraz a Deus; porém, não o observaram devidamente. E recompensamos os fiéis, dentre eles; porém, a maioria é depravada. 7

Se o Alcorão estiver correto, então Jesus converteu ao menos alguns dos filhos de Israel para o Islam. Penso que não há absolutamente nenhuma evidência histórica para qualquer uma destas tais conversões, afinal, não há razão alguma que nos faça compreender que houveram Judeus no primeiro século que creram na mensagem de Jesus e se tornaram Muçulmanos. Como podemos ver, esta hipótese somente apresenta problemas para os apologetas Muçulmanos.

 

Fato 3: Se houveram Judeus do primeiro século que se converteram ao Islã pela pregação de Jesus, eles não duraram muito tempo. A idéia de que os seguidores primitivos de Jesus foram Muçulmanos levanta uma questão bastante óbvia: Por que nós jamais ouvimos falar da existência de nenhum Muçulmano no primeiro século? Nós temos uma grande quantidade de informação histórica sobre os primeiros seguidores de Jesus, mas não temos nenhuma evidência de que qualquer um deles foi Muçulmano. Defensores do Islã irão afirmar agora que o Cristianismo “limpou” todos os registros dos seguidores não-Cristãos de Jesus, mas tal visão é absurda. Nós temos fontes Cristãs e não-Cristãs que informam sobre fiéis Cristãos primitivos, e, ainda, nenhuma destas fontes menciona a existência de qualquer Muçulmano-Cristão. No mínimo podemos dizer com absoluta certeza que a morte de Jesus foi bem conhecida ao longo das autoridades antigas, e que os antigos seguidores de Jesus — incluindo Pedro, Tiago e João – vieram a crer que Jesus teria morrido na cruz por seus pecados e ele teria ressuscitado. (Nós também sabemos que os discípulos mantinham que Jesus era o divino Filho de Deus, mas isto não é necessário para minha argumentação agora.) Todos os quatro Evangelhos do Novo Testamento confirmam que os Cristãos primitivos criam na morte e ressurreição de Jesus, tal como mostra o livro dos Atos. As Cartas de Paulo repetitivamente proclamam a morte e ressurreição de Jesus. Além disso, um antigo credo registrado em I Coríntios 15 tem sido datado como sendo dos primeiros anos de Jesus e, conseqüentemente, provê um testemunho extremamente antigo sobre as crenças Cristãs durante o tempo dos apóstolos. Ele diz:

 

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,  4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,  5 e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. 8

 

Nós também temos escritos Cristãos antigos de fora do Novo Testamento que informam sobre as crenças dos seguidores de Jesus. Por exemplo, Clemente de Roma, o qual foi ordenado Bispo de Roma pelo Apóstolo Pedro, escreve sobre a crença dos Apóstolos sobre a ressurreição de Jesus. 9 Policarpo, o qual foi ordenado pelo Apóstolo João, menciona numerosas vezes a ressurreição de Jesus10. Igualmente, também há diversos materiais antigos não-Cristãos que relatam cruciais informações sobre Jesus e os apóstolos. De acordo com ambos historiadores, o historiador Judeu Josefo e o historiador Romano Tácito, Jesus foi crucificado durante o reino de Pôncio Pilatos11. Luciano de Samosata, um satirista Grego, declara, “Os Cristãos, vocês sabem, adoram um homem neste dia — a distinta personagem que lhes apresentou suas cerimônias, e foi crucificado por esta razão” 12. Também o Talmud dos Judeus relata a crucificação de Jesus. 13

 

Conseqüentemente, a interpretação mais racional dos dados é que o Corão está errado quando afirma (1) que Jesus nunca morreu (2) que os seguidores primitivos de Jesus era Muçulmanos. Não obstante, deixe-nos ser generosos e admissíveis, apesar dos fatos, e vamos admitir que houve um número de Muçulmanos no primeiro século, mas que toda evidência de sua existência foi posteriormente destruída pelos Cristãos.  De igual forma, se nós admitirmos tal tão estranha suposição desta forma, os Muçulmanos ainda permanecerão com um enorme problema: O que aconteceu a este Muçulmanos do primeiro século? Por que o Islã foi substituído pela crença na morte sacrificial de Jesus e em sua ressurreição da morte? Porque os 33 anos de pregação de Jesus não resultaram nada substancial do que mencionamos?

 

Os Muçulmanos irão responder argumentando, mais uma vez, que o Cristianismo corrompeu a mensagem de Jesus e que a Igreja Cristã apagou todas as memórias dos ensinos islâmicos de Jesus. De qualquer modo, nenhum Muçulmano sincero poderia aceitar esta posição porque isto seria esconder o relato do Corão sobre o que aconteceu.

 

Fato 4: O Corão afirma que Allá enganou pessoas fazendo-as crer que Jesus morreu em uma cruz.  De acordo com Al Corão, Jesus foi capaz de converter ao menos alguns Judeus para o Islã. Mas nós bem sabemos pela história que os seguidores primitivos de Jesus vieram a ser convencidos de sua morte e ressurreição. Por isso, a razão óbvia de que não houve Muçulmanos após Jesus ser assunto ao céu é que todos os seguidores de Jesus vieram a crer que ele morreu na cruz e levantou-se da morte. E de onde eles tiraram esta idéia? De acordo com o Islã, a idéia de que Jesus morreu numa cruz começou com Allá:

 

E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele porque é Poderoso, Prudentíssimo. 14

 

Certamente que se nós aceitarmos que a única meta de Allá era enganar as pessoas que quiseram matar Jesus, está claro que os discípulos também caíram no engano de Allá. Então, quem é o responsável pela crença Cristã de que Jesus morreu na cruz? Se o Islã está correto, Deus iniciou esta idéia quando decidiu enganar os inimigos de Jesus fazendo-os pensar que haviam matado-o. Isto acarreta a outros mais problemas. Se a enganação dos discípulos foi não-intencional, então devemos concluir que Deus não compreende que, com isto, ele estava para iniciar a maior falsa-religião do mundo. Se isto foi intencional, então Deus está no negócio de iniciar falsas religiões. Por esta razão, o Deus do Islã é ou terrivelmente ignorante ou maliciosamente enganador.

 

O posicionamento de Maomé também significa que Jesus foi a maior falha da história dos profetas. Ele gastou 33 anos pregando (novamente, ele começou a pregar a teologia islâmica logo no nascimento),  até que, pouquíssimo após sua morte, os filhos de Israel foram divididos em dois grandes grupos. Aqueles os quais creram em sua mensagem se tornaram Cristãos, todos os quais foram culpados do pior dos pecados imagináveis (associar parceiros a Allá15), enquanto aqueles que rejeitaram sua mensagem foram culpados de rejeitar um dos maiores mensageiros de Deus. Deste modo, quer tenham as pessoas crido em Jesus ou rejeitado-o, todos seriam no final das contas condenados e lançados no inferno de fogo. É estranho, então, que os Muçulmanos considerem Jesus um dos maiores profetas de todos os tempos. Parece, isto, que ele poderia ter sido capaz de conquistar ao menos um convertido que durasse no Islã. Mas ele não pôde. Indo além, um verdadeiro profeta do Islã poderia ter precavido seus seguidores para que não se afastassem do Islã caindo na farsa (no engano) de Deus. Mas Jesus nunca deu esta mensagem. De fato, milhões de pessoas do mundo todo agora se recusam a aceitar o Islã porque eles creram que Jesus morreu numa cruz por seus pecados, um ensino que se vai diretamente ao encontro de um Deus enganador e de um Messias incompetente.

 

Allá propaga uma Falsa Religião que ele acidentalmente iniciou

 

Se nós seguirmos os ensinos do Islã através se sua conclusão lógica, vemos que Deus tanto intencionalmente ou sem intenção iniciou o Cristianismo. Mas o Corão não pára por aqui. Ao invés de corrigir a bagunça que ele fez, Allá eleva o Cristianismo ao nível seguinte.

 

Fato 5: O Corão afirma que Allá ajudou a propagar o Cristianismo. Uma vez que Deus tenha causado a crença na morte e ressurreição de Jesus, ele, então, trabalhou diligentemente para ajudar os Cristãos em propagar sua falsa mensagem:

 

Ó fiéis, sede os auxiliadores de Deus , como disse Jesus, filho de Maria, aos discípulos: Quem são os meus auxiliadores, na causa de Deus? Responderam: Nós somos os auxiliadores de Deus! Acreditou, então, uma parte dos israelitas, e outra desacreditou; então, socorremos os fiéis contra seus inimigos, e eles saíram vitoriosos. 16

 

Este verso é extremamente importante porque ele significa que Allá ajudou os seguidores de Jesus contra os Judeus que rejeitaram Jesus, e que estes seguidores “saíram vitoriosos”. Então, que foram estes seguidores de Jesus os quais se tornaram mais fortes que os Judeus? O único povo na história que se encaixa em tal descrição são os Cristãos ortodoxos, os que crêem na morte, ressurreição e divindade de Jesus. Em outras palavras, Muçulmanos não podem clamar, aqui, que a mensagem de Jesus foi corrompida e que o verdadeiro Evangelho se perdeu, porque este claramente não é o grupo ao qual o Corão se refere nesta passagem. Certamente que se houve um grupo de Cristãos-Muçulmanos no primeiro século, este grupo nunca exerceu qualquer vantagem sobre ninguém. Na verdade, eles devem ter sido extintos imediatamente. O único grupo de seguidores de Jesus que tornou-se forte o bastante para obscurecer os Judeus foi composto de Cristãos, já que o Cristianismo se expandiu por todo o Império Romano. Estes cristãos creram nas doutrinas fundamentais que os Cristãos mantêm até hoje. Não obstante, de acordo com o Islã, Allá ajudou estas pessoas a adquirirem força!

 

Como, então, o Cristianismo se expandiu e tornou-se a religião dominante mundial? Ela se expande pelo poder de Allá! E quem iniciou a mensagem Cristã sobre a morte de Jesus na cruz? Deus inventou esta mensagem! Até mesmo historiadores não-cristãos são convencidos de que a morte de Jesus é um dos fatos históricos mais bem estabelecidos17. De onde teriam os historiadores obtido esta idéia? Eles a tiveram de Deus, o qual enganou tantas pessoas fazendo-as crer na morte de Jesus, morte, esta, que nos fornece toneladas de evidências históricas a respeito deste evento. Já que há aproximadamente dois bilhões de Cristãos na terra no presente momento, parece-nos que Jesus e Deus são responsáveis por fundar a única religião no mundo que consegue ofuscar o Islã.

 

Se o Islã é verdadeiro...

 

Sem nem precisar dizer, penso que a visão islâmica é extremamente problemática. Isto requer que nós acreditemos que Deus enganou bilhões de pessoas. Deus exatamente teria conduzido para fora do caminho os seguidores de Jesus enganando tantas várias pessoas fazendo-as acreditar que Jesus morreu. Isto poderia ter sido evitado se Deus não tivesse intentado enganar pessoas. Mas, isto traz consigo outras perguntas: Por que Deus iria querer que pessoas acreditassem que Jesus estava morto enquanto ele, na verdade, não estava? Muçulmanos não pode argumentar que Deus fez isto para proteger Jesus dos Judeus ou Romanos, já que Deus estaria tomando Jesus dali de qualquer forma. Então, por que Deus iria querer dar aos inimigos de Jesus a satisfação de ver Jesus morte? Por que não tomar Jesus para si sem enganar cada qual a cerca disto? Tais suposições parecem estar totalmente desprovidas de razão por Deus querer enganar estas pessoas , especialmente por tal artimanha enganosa vir a formar o Cristianismo.

 

Este é um “osso duro de roer”, já que o Islã nos força a ver a origem do Cristianismo desta forma. Se o Islã é verdadeiro, Deus engana pessoas que crêem nos profetas que ele envia. Se o Islã é verdadeiro, Deus expande falsos ensinos até que eles venha a se tornar dominantes no mundo. Se o Islã é verdadeiro, Jesus, o Messias, foi completamente incompetente e jamais poderia ter sido enviado por Deus, já que a vida de Jesus terminou conduzindo mais pessoas pelo caminho errado que qualquer outro na história. Por a visão Islâmica estar em pendência com qualquer entendimento tradicional da natureza de Deus (incluindo o entendimento Islâmico), o Islã é um sistema religioso incoerente, o qual pode ser rejeitado por todas as pessoas racionais. Islã tem uma pobre e desprezível explanação da origem do Cristianismo. Se o Islã é verdadeiro, a existência do Cristianismo não faz qualquer sentido por existir.

 

Se o Cristianismo é verdadeiro...

 

O Cristianismo, por outro lado, facilmente entende a ascensão do Islã. Realmente, se o Cristianismo é verdadeiro, a ascensão do Islã faz perfeitamente sentido. Se não está imediatamente claro o porquê do Cristianismo acarretar o crescimento de religiões tais como o Islã, considerando-se a seguinte linha de pensamento.

Se o Cristianismo é verdadeiro, então as seguintes afirmações também são verdade:

 

(1)   As pessoas somente podem ir até Deus através de Jesus Cristo.

(2)   Satanás é um ser espiritual real que quer afastar as pessoas de Deus. 18

 

 Com estas afirmações em mente, vamos ver se podemos imaginar alguma coisa sobre Satanás. Agora, se Satanás quer manter as pessoas afastadas de Deus, e se o caminho para Deus é através de Jesus Cristo, qual seria a maior prioridade de Satanás? Seu principal objetivo poderia ser conduzir pessoas à uma vida de imoralidade (penso que ele poderia preferir que tão somente continuássemos como estamos, já que estamos corrompidos);  pelo contrário, seu objetivo primário deveria ser incitar as pessoas a rejeitarem a Cristo, porque esta rejeição é o que os mantém separados de Deus.

Mas, como Satanás convenceria as pessoas a rejeitarem a Cristo? Podemos notar aqui que há uma fartura de pessoas no mundo que simplesmente não se importam com Deus. Satanás não tem o que se preocupar sobre eles, porque eles não estão interessados na salvação, de qualquer forma. Já que sua meta é manter o máximo possível de pessoas afastadas de Deus, nós deveríamos esperar que Satanás está mais focado nas pessoas que estão mais interessadas sobre os assuntos religiosos. Há dois modos de afastar tal tipo de pessoas de Deus. Satanás poderia tanto convencê-los que toda essa “conversa religiosa” é sem sentido (i.e. através da popularização do secularismo, o qual nós vemos por todo o mundo) ou ele poderia oferecê-los um substituto da verdade (i.e. uma religião que rejeita o que é necessário para a salvação).

 

Portanto, se o Cristianismo é verdadeiro, nós deveríamos esperar Satanás por inspirar religiões que rejeitam a morte sacrificial de Cristo e sua ressurreição, ainda que estas religiões possam até mesmo ser similares ao Cristianismo a outros respeitos (não essenciais). Agora que nós já temos uma imagem clara do que nós deveríamos esperar caso o Cristianismo seja verdadeiro, deixe-nos ver como o Islã se encaixa com nosso prognóstico.

 

A mensagem do Islã é algo como isto:

 

 “Creia em Deus. Faça boas obras. Se você fazer o bastante delas, você irá para o paraíso. Respeite Jesus, porque ele foi um poderoso profeta, o qual entregou a mensagem de Deus para os filhos de Israel. Também creia que Jesus nasceu de uma virgem, que ele realizou diversos milagres e que ele foi o Messias. Mas, faça o que fizer, não creia que ele morreu na cruz por seus pecados. E não acredite que ele se levantou da morte. De fato, o pior de todos os pecados possíveis que possa cometer é acreditar que Jesus é o Filho de Deus”.

 

Repare como o Islã rejeita as condições essenciais para a salvação enquanto se mantém aceitando certas outras doutrinas. Por exemplo, Muçulmanos são ordenados para crer em Deus, tanto Satanás quanto seus demônios crêem em Deus. Muçulmanos são ordenados a fazer boas obras, mas todas as religiões ensinam isto. Muçulmanos são permitidos a crer em certas coisas sobre Jesus (tais como seu status de profeta e nascimento virginal), mas estas crenças não salvam uma pessoa. Quando ainda nos achegamos a crenças que são essenciais para a salvação — a deidade de Cristo, sua morte na cruz, sua ressurreição da morte — nós vemos que o Islã se violentamente opõe a estas doutrinas cruciais19. O Islã, então, se parece exatamente com as religiões que havíamos dito que Satanás poderia formar, porque ele impede o que é necessário para que as pessoas venham até Deus.

 

Há, de fato, um caminho mais fácil para nós vermos que o Cristianismo prediz a ascensão do Islã. Nós podemos olhar para algumas das profecias bíblicas. Por exemple, Jesus disse que “muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos 20. Paulo adiciona a isto algumas pessoas que seguiriam a “espíritos fraudulentos e doutrinas de demônios 21. (A frase “espíritos fraudulentos” recorda a reivindicação do Al Corão de que Allá enganou pessoas sobre a morte de Jesus.) A Bíblia alerta vez e outra que falsos ensinos e falsos profetas viriam com o objetivo de distorcer o Evangelho. Aparentemente, poucas pessoas do tempo de Maomé deram atenção a este aviso.

 

Considerações Finais

 

Ao longo da história, diversas pessoas clamaram ser profetas. De fato, há vários auto-proclamados profetas nos dias atuais, e haverá ainda mais amanhã. Supostamente, um profeta surge no em algum ponto do futuro, um profeta que clama ter uma nova revelação de Deus22. Tanto Muçulmanos quanto Cristãos rejeitariam-no. Mas, suponhamos que este profeta diga para os Muçulmanos, “Irmãos, vocês têm crido nos ensinos de Maomé, mas eu estou aqui para dizer-lhes que o Islã foi fundado por Deus para enganar as pessoas. Os pagãos na Arábia estavam fazendo coisas terríveis, tais como matar suas filhas e se casar com centenas de mulheres.Deus decidiu puni-los conduzindo-os por caminhos que são falsos e fazendo-os todos acreditarem em algo que não é verdade. Mas eu estou aqui para dizê-los a verdade! Eu sou o maior profeta de Deus, enviado para resgatá-los do mau!” Iriam os Muçulmanos crer neste profeta? Muito certamente não creriam. Mas, por que os Muçulmanos rejeitariam este novo profeta? Eles o rejeitariam porque  se recusariam a acreditar que Deus intencionalmente enganou milhões de pessoas. Não obstante, isto é exatamente o que os Muçulmanos crêem quando refere-se à morte de Jesus. Então, se os Muçulmanos crêem em uma Deus que engana as pessoas, até mesmo aquelas que seguem seus profetas, como podem os Muçulmanos estar certos de que ele têm trazido aos outros a verdade?

Os Muçulmanos se jactam sobre sua reverência a Deus e seu respeito pelos profetas. De fato, fazendo um exame mais detalhado, vemos que os Islã acusa Deus de uma das maiores fraudes religiosas de todos os tempos.  Isto faz-nos para e pensar por um momento. Por que uma religião que tem orgulho próprio quanto à sua visão de Deus, proclamar que Deus inicia uma falsa religião? Por que pessoas que clamam respeito por Jesus iriam sugerir que ele foi uma tremenda falha? Isto parece-nos que o Islã está tão desesperado em destruir o Cristianismo que não percebe estar destruindo a si próprio. Em outras palavras, o Islã somente pode dar satisfação a respeito da morte e ressurreição de Jesus fazendo de Deus um enganador, o que, conseqüentemente, acaba destruindo o conceito Islâmico de Deus. Este desespero somente faz sentido se o Cristianismo é verdadeiro e se o Islamismo foi projetado por Satanás para evitar que pessoas fossem salvas.

 

Os Muçulmanos podem objetar a tudo isto se quiserem. Eles podem continuar a proclamar sua devoção a Deus e seu respeito aos seus profetas. Mas, há algo estranho acerca do modo como que explicam o Cristianismo. Há algo muito estranho sobre um Deus que conduz o mundo para fora do caminho. Se o Islã é verdadeiro, Deus e Jesus são falhas. Mas, se o Cristianismo é verdadeiro, Deus e Jesus foram vitoriosos na cruz, porque a porta da salvação foi aberta a todo, apesar de todos aqueles que tentaram manter a porta fechada.

 

Jesus advertiu seus seguidores que falsos profetas viriam. Ele também ordenou-nos a não acreditarmos neles. Um dos modos pelos quais podemos reconhecer falsos profetas é através de um cuidadoso discernimento quando os ensinos deles conduzem para crenças incabíveis a respeito de Deus. Deus é Verdadeiro, e ele é Amor. Islã, quando cuidadosamente examinado, faria-nos crer de outro modo.

 

* This article is a translation of "What Islam really teaches about Allah and Jesus" - original

* Este artigo é uma tradução de "What Islam really teaches about Allah and Jesus" - original

 

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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.

 

 

Notas:

 

  1. Veja o Corão 24:25. A menos que em outro caso seja citado, citações do Corão são tiradas do The Meaning of the Holy Qur’an¸ Abdullah Yusuf Ali, tr. (Beltsville: Amaná Publications, 1989)
  1. Corão 19:23-33, M. H. Shakir, tr. (Elmhurst: Tahrike Tarsile Qur’an Inc., 2002)
  1. Corão 42:13
  1. Corão 43:59, 63-64
  1. Corão 3:52
  1. Corão 5:111
  1. Corão 57:26
  1. I Coríntios 15:3-5. Todas citações bíblicas são da Edição Revista e Corrigida de João Ferreira de Almeida
  1. Veja I Clemente 42:3
  1. Veja Policarpo, Aos Filipenses 1:2, 2:1-2, 9:2, 12:2
  1. Veja Josefo, Antiguidades 18:64, e Tácito, Anais15:44
  1. Luciano de Samosata, A Morte do Peregrino, 11-13
  1. Talmud, Sanhedrin 43a
  1. Corão 4:157-158. De acordo com a tradição Muçulmana, Allá fez Judas Iscariotes parecer-se com Jesus, então, desta forma, Judas for crucificado no lugar de Jesus.
  1. Associar parceiros a Deus é cometer o pecado que há.
  1. Corão 61:14, tradução de M. H. Shakir
  1. Por exemplo, João Dominique Crossan, do notório anti-Cristão “Seminário de Jesus” disse “que [Jesus] foi crucificado é tão certo quanto qualquer evidência histórica possa ser” (Jesus: A Revolutionary Biography [San Francisco: HarperCollins, 1991] p. 145).
  1. Este espírito vivo não deve ser confundido com a imagem popular de um vulto vermelho inocente com um rabinho vermelho e um tridente!
  1. Alguém pode espantar-se por mim não haver incluído o crer em Deus na lista de doutrinas essenciais para a salvação. Certamente que não estou negando a necessidade de se crer em Deus. Contudo, estou fazendo uma distinção entre uma doutrina necessária e uma doutrina necessária e suficiente. Crer em Deus é necessário para a salvação, mas isto não é o suficiente para tal. Em contraste, as doutrinas Cristãs da confissão do senhorio de Cristo e a crença em sua ressurreição dos mortos são necessárias e suficiente. Sendo assim, estas doutrinas são suficientes para garantir a salvação do Cristão. Ainda que o Islã se opõe veementemente a estas doutrinas.
  1. Mateus 24:11
  1. I Timóteo 24:11
  1. Exatamente por o Islã ter partilhado novos profetas auto-proclamados. Mais notavelmente, Mirza Ghulam Ahmad anunciou seu ofício profético por volta do fim do século XIX. Ele também declarou ser a segunda vinda de Jesus. Milhões de pessoas seguiram-no. Contudo, a vasta maioria de Muçulmanos consideram este “Ahmadiyyas” uma seita herética. Os Ahmadiyyas, que se declaram Muçulmanos, não são permitidos de peregrinar a Mecca. O movimento Ahmadiyya são significantes ao dizerem que o Islã está corrompido, tal como os Muçulmanos declaram que o Cristianismo foi corrompido. Os Muçulmanos rejeitam a isto, porque eles não crêem que o Islã se corrompeu. Eles concluem que Mirza Ghulam Ahmad deve ser um falso profeta. Porém, esta é a mesmíssima razão porque os Cristãos rejeitam Maomé. Nós não cremos que o Cristianismo se corrompeu, então Maomé, ao nosso ver, deve ser um falso profeta.

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