AS ALEGADAS PROFECIAS BÍBLICAS APONTANDO PARA MOHAMED
O Alcorão declara que:
1.
'E quando Jesus, filho de Maria, disse: "'Oh filhos de Israel! Por certo, sou para vós o Mensageiro de Allá, para confirmar a Torá, que havia antes de mim, e anunciar um Mensageiro, que virá depois de mim, cujo nome é Ahmad."
Encontramos algum registro dele na Bíblia?
Ahmed é uma forma do nome Mohamed, ambos significam 'o louvado'. No idioma Grego, nos é relatado, que isto poderia ser 'periklytos'. Agora nós encontramos no Evangelho de João capítulo 14:16:
'E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro "parakletos", (conselheiro, confortador) para que fique convosco para sempre.'
Com o apoio do texto alcorânico, os Muçulmanos argumentam que este verso é uma falsificação perpetrada pelos Cristãos que desta forma pretenderam camuflar a vinda anunciada de Mohamed, o que para os Muçulmanos está obviamente predito no texto acima. Devemos afirmar, entretanto, que o texto de todos os manuscritos do Evangelho de João, os quais apresentam a palavra 'parakletos' e não 'periklytos', datam de mais de cem anos antes da vinda de Mohamed. Além disso, exatamente o verso seguinte nos relata que o 'parakletos' é
'o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós (os discípulos de Jesus) o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós." (Ênfase minha)
Por essa razão é bem óbvio que qualquer interpretação que insere Mohamed no local do Espírito Santo não está se mantendo nos fatos.
2.
Esta, porém, é a bênção com que Moisés, homem de Deus, abençoou os filhos de Israel antes da sua morte. 2 Disse, pois: O SENHOR veio de Sinai e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã e veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei. 3 Na verdade, amas os povos; todos os teus santos estão na tua mão; postos serão no meio, entre os teus pés, cada um receberá das tuas palavras. 4 Moisés nos deu a lei por herança da congregação de Jacó. 5 E o SENHOR foi rei em Jesurum, quando se congregaram os cabeças do povo com as tribos de Israel. 6 Viva Rúben e não morra; e que os seus homens sejam numerosos. (Deuteronômio 33:1-5)
Os Muçulmanos regularmente tomam o segundo verso deste texto e declaram que quando o Senhor veio no Sinai, ele veio através de Moisés; quando ele subiu de Seir, veio em Jesus; e quando ele resplandeceu publicamente do Monte Parã e veio com dez mil santos, ele veio em Mohamed. Este estudo não permite uma exegese desta Escritura, mas está bem claro pelo contexto que o testo se refere a Moisés e não a Moisés e ninguém mais! A interpretação Islâmica deste verso é absurda. Além disso, isto está baseado no erro de que o Monte Parã está em algum lugar na Península Árabe não muito distante de Meca. Qualquer estudante de geografia Bíblica sabe que os dois montes (Seir e Sinai) e as montanhas de Parã estão na Península do Sinai, mais de mil quilômetros de Meca.
3.
Outra Escritura que os Muçulmanos conceituam como sendo pertinente a Mohamed é o Evangelho segundo João 1:19:
"E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? 20 E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. 21 E perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. 22 Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? 23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías."
Apesar de os Muçulmanos decididamente rejeitarem qualquer outra parte do mesmo capítulo, no qual alguns verso proclamam a divindade de Cristo, eles consideram estes versos bem convenientes para assumir que "este profeta" ou como está dito no original, "o profeta", era o esperado Mohamed. Neste momento Israel estava esperando um profeta, "o" profeta de Deus que viria para aquela situação em que eles viviam. Ele é o anunciado em Deuteronômio 18:15SS:
"O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; 16 conforme tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. 17 Então, o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. 18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. 19 E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele." (Deuteronômio 18:15-19)
Que este "profeta" é Jesus está claramente exposto em Atos 3:17-23:
"E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes. 18 Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer. 19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. 20 E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, 21 o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio. 22 Porque Moisés disse: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. 23 E acontecerá que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo."
Contudo, na mente dos Judeus, 'o profeta' não era o Messias:
"E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? 14 E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas. 15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." (Mateus 16:13-16)
Independentemente de qualquer outra coisa, os Fariseus, sendo parte do Povo Escolhido, não poderiam esperar que qualquer gentil fosse o profeta que haveria de vir. (Veja Deuteronômio 18:15): "O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti" i.e. dos Judeus.
4.
A mais popular de todas profecias alegadas como sendo sobre Mohamed é encontrada no livro de Deuteronômio 18:15-22:
"O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; 16 conforme tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. 17 Então, o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. 18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. 19 E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. 20 Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. 21 E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o SENHOR não falou? 22 Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele."
A última parte deste texto necessita de muita consideração: o próprio Mohamed fortemente indica que ele é o profeta referido aqui (Suras 2:129, 159, 3:81, 164, 7:157).
A interpretação Islâmica do texto de Deuteronômio é a seguinte:
i.
Tanto Moisés quanto Mohamed tiveram que fugir das mãos de seus inimigos; cada um deles teve apoio de seus sogros. Jetro teve que consolar seu genro, Moisés, na hora em que ele este em necessidade (Êxodo 18:14-26); mas foi Mohamed que confortou seu companheiro na caverna.
ii.
Moisés abrigou-se em Midiã, que mais tarde foi chamada de Yathrib após seu sogro, Jetro. Mohamed foi para Yahtrib, a qual mais tarde, após sua fuga, foi chamada de Medina. A fuga de Moisés provou-se benéfica para ele sob a direção de seu sogro, ao passo que a fuga de Mohamed pavimentou seu caminho para a façanha da série de gloriosas vitórias.
iii.
A Moisés foi dado um código compreensível para transmitir ao seu povo; enquanto que Mohamed recebeu um código perfeito, completo por si próprio, para todas as pessoas de todos os tempos.
iv.
O Senhor falou a Moisés e a Aarão na terra do Egito, dizendo: “Este mês há de ser para vós o princípio dos meses, há de ser o primeiro mês do ano para vós.” Similarmente, com os Muçulmanos, o mês e o ano da fuga de Mohamed veio a ser o mês e ano do início da era Muçulmana.
v.
Moisés libertou seu povo da escravidão de Faraó; Mohamed derrotou seus inimigos num combato mano a mano e conquistou seus filhos para sua fé.
vi.
O empenho de Moisés acarretou em sofrimento e em derramamento de sangue; enquanto aqueles de Mohamed foram dirigidos a emancipação religiosa.
vii.
As Leis de Moisés foram agressivas, já que tiveram que proteger Canaã, a qual caiu das mãos de seus sucessores; Mohamed teve que conduzir tudo através de guerras defensivas até que a Arábia se submeteu a ele no fim, ao passo que Canaã esteve de baixo da subjugação de seus sucessores.
viii.
Moisés serviu como julgador de seu povo; Mohamed também foi um juiz supremo de seu povo e até mesmo os judeus o aceitaram como tal.
ix.
Moisés pregou em Midiã por dez anos; Mohamed fez o mesmo em Medina.
x.
Moisés foi o legislador, general e guia de seu povo; Mohamed também foi um general vitorioso, um guia perfeito para todas pessoas e o promulgador de um código universal, o qual nunca será anulado.
xi.
Uma onda do mar muito alta salvou Moisés dos Egípcios que estavam já próximos dele; não obstante, foi somente uma teia de aranha que manteve em bom estado a Mohamed em uma situação de dificuldade.
xii.
Quando os companheiros de Moisés viram o inimigo, eles exclamaram: “Certamente seremos esmagados!” – ao que Moisés teve que responder: “De maneira nenhuma, meu Senhor está comigo. Ele me mostrará uma saída.” A resposta de Mohamed numa situação ainda mais difícil na caverna de Hira foi, “Não temam, certamente Allá está conosco.” (“The Light” por al-Haj Sultan Hafiz Abdul, revisado por Maulana Syed Zia-ud-Din Ahmad Gilani, páginas 214-216).
Nós afirmamos:
ii.
A Midiã da Bíblia está próxima do Monte Sinai e não onde era Yehtreb ou, como é chamada hoje, Medina.
vii.
Nós falhamos em tentar entender em quais aspectos a guerra de Mohamed foi defensiva exceto, talvez, em algumas ocasiões. Nós não sabemos o que os Muçulmanos estiveram defendendo na Espanha ou até na França, na Índia, norte da África, Síria, Turquia e nas Bálcãs. O autor realmente quis dizer o que foi dito quando usou a palavra ‘subjugação’, que significa “pôr sob um jugo”?
viii.
Os Judeus tiveram pequenas escolhas, exceto em aceitar Mohamed como Juiz.
ix.
Moisés não pregou em Midiã porque ela não era uma cidade. Ele estava pastoreando ovelhas ali. Além disso, ele fez isso por 40 anos e não 10.
x.
Nós entendemos o ‘código universal’ como se referindo ao Alcorão. É incorreto afirmar que nenhuma anulação teve lugar nele. Nos referimos às Suras 16:101 e 2:106 e à teologia inteira por trás do ‘mansukh’ e ‘nasikh’ (Por favor leia ”Christians ask Muslims”, pgs. 11-15).
xi.
Nenhuma onde do mar salvou Moisés dos Egípcios. Os Judeus se foram através de uma viela no mar, com a água fixa como uma parede em ambos os lados. Após os Judeus terem atravessado, o mar se fechou novamente destruindo o exército Egípcio que os perseguia. (Êxodo 15, Sura 2:50).
xii.
Durante o curso da história muitos crentes tem agido similarmente em situações de aflição.
Nós gostaríamos de objetar os números i, ii, v, vi e xi, os quais não trazem similaridades, mas sim contrastes.
O número iii é geralmente aceitado no mundo Muçulmano. Mas como Cristãos, nós desafiamos os Muçulmanos a substanciar a declaração de que o Alcorão é superior a Bíblia. Gostaríamos de saber precisamente em quais pontos ele é melhor do que a Bíblia ou adições ou extensões que melhoram o Alcorão em comparação com a Bíblia e – por ultimo mas não menos importante – que evidência superior existe para essa verdade e em que aspecto Mohamed foi superior a Jesus.
Mas além de tudo isso, o texto Bíblico por si só declara claramente e distintamente que o profeta viria do meio de vós. Isto só pode significar que o profeta seria um Judeu.
O argumento que os Muçulmanos algumas vezes usam, isto é, que o profeta viria “do meio de seus irmãos” (i.e. o irmão de Isaque foi Ismael, então ele viria dos Ismaelitas) deve ser rejeitado, porque “do meio de vós” dificilmente se referiria a outros que fossem de fora da aliança. Entretanto, já que já estamos ocupados com uma lista de similaridades entre Moisés e o profeta, deixem-nos consideram outra lista:
a.
Moisés e Cristo nasceram em pobreza (Os Israelitas estando sob domínio de um poder estrangeiro). Êxodo 1:9-14.
b.
Em ambos a morte de crianças foi armada. (Êxodo 1:15-16, 22; Mateus 2:13 SS).
c.
Ambos foram resgatados por intervenção divina. (Êxodo 2:2-10; Mateus 2:13 SS).
d.
Ambos foram revelados por sinais e milagres. (Êxodo 7:10,19,20; capítulos 8-12; 14:21-22; 17:6-7; Mateus 8:14SS; Lucas 7:11; Mateus 14:13, etc).
e.
Moisés foi preparado no deserto por quarenta anos; Cristo por quarenta dias. (Na simbologia Bíblica, o quarenta sustenta preparação. (Atos 7:23 com Êxodo 7:7, Mateus 4:1 SS).
f.
Ambos são chamados de “servo fiel” nas Escrituras. (Hebreus 3:2-5)
g.
Moisés libertou Israel da escravidão de seus opressores; Cristo libertou os crentes da escravidão do pecado (do qual o Egito é o modelo em toda a Bíblia). (Êxodo, Isaias 53, João 8:32-36, Romanos 6:18-22, 8:2; Gálatas 5:1).
h.
A água foi um servo da autoridade de ambos: (O Mar Vermelho para Moisés; o Mar da Galiléia para Cristo). (Êxodo 14:21; Mateus 14:22 SS; João 6:16SS, Mateus 8:18).
i.
Moisés falou com Deus “face a face”; o mesmo fez Cristo, no Monte da Transfiguração. (Êxodo 33:11; Mateus 17:3).
j.
Após esta experiência, a face de Moisés brilhou; e o mesmo aconteceu com Cristo inteiro. (Êxodo 34:29, Mateus 17:2)
k.
Moisés foi o mediador da Velha Aliança (Testamento); Cristo da Nova Aliança, ou Testamento. (Êxodo 19 e 20, Hebreus 12:24).
l.
Ambos profetizaram eventos que se cumpriram. (Deuteronômio 18:15-22, 28:15-29:67, Mateus 24).
m.
Os Judeus se rebelaram contra ambos. (Exôdo 5:21, 14:11-12, 17:2-4, Números 11:1-33, Lucas 4:16-30, Joao 11:47-50, Mateus 26:50-56, 27:15-23 etc.).
n.
Ambos morreram por causa do pecado – Moisés por seu próprio pecado; Cristo pelos pecados do mundo todo. (Números 20:12, Deuteronômio 34:4-5; I Coríntios 15:3, João 1:29, 10:14-16, Isaias 53, etc.
o.
Temos razoes para crer que Moisés ressuscitou (Judas 9, Lucas 9:30); Jesus Cristo, sem dúvida nenhuma, ressuscitou da morte de acordo com o Evangelho. (Mateus 28:14, Lucas 24:34; I Coríntios 15:4).
p.
O mais importante e antecipado evento da vida de Moisés aconteceu após sua morte: a ocupação da Terra Prometida. E o mesmo foi com Cristo: Cristo sendo um antítipo de Moisés assegurou nova vida para nós através de Sua morte. (Romanos 5:6-8, 8:34, I Coríntios 15:3,22, II Coríntios 5:15, I Tessalonicenses 5:9-10, etc.).
Concluindo, devemos dizer que Moisés produziu água da rocha e no Novo Testamento nós é dito que “A Rocha era Cristo”, e Ele disse, “Se alguém tiver sede, deixai-o vir a mim.” (I Coríntios 10:4, João 7:37-38, 4:13-14).
Há outras “profecias” inferiores que poderiam ser consideradas aqui, mas nós as julgamos insignificantes demais para serem tratadas. Entretanto, devemos notar que se um Muçulmano tira seu posicionamento da Bíblia porque ela contém profecias referentes a Mohamed e se ele julga esta profecias como sendo provas da verdade de suas declarações, então ao fazer isso ele confessa que a Bíblia existe livre de corrupção, caso contrário ele estaria construindo sobre a areia. (J. Christensen).
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Este artigo é uma tradução de "Alleged Prophecies in the Bible pointing to Muhammad" original
This article is a translation of "Alleged Prophecies in the Bible pointing to Muhammad" original
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Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.